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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Turbulência

A voz que ecoa em mim há de me fazer sangrar aos poucos. Já não se sabe se é um adeus ou um raiar de novo dia que se aproxima. Um dia, duas noites. Eu, tão acostumada com o barulho, em silêncio me perco. Padre mio, socorre-me. Aquieta-me a mente. Aquieta-me os lábios. Fecha-me os olhos. Mergulha-me em novas águas. Renova-me. Fortifica-me.
Os olhos hora se enchem em protesto ao vazio que lá se percebe, outrora fitam os seus em busca de qualquer pista do que se passa. Insucesso. Operação inválida. E mil prantos. E mil risos. E mil sonhos. E nenhum alívio.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

" Que gamação danada!"

Já é tarde. A lua desta noite é minguante, você viu? Ela ilumina pouco o céu da cidade, deixa a luz fraca, propícia aos amantes dela, como nós. Olho pela janela e te espero chegar a qualquer hora. Quero uma noite  como a do final de semana. Quero fechar os olhos e ter um braço e uma perna sua por cima de mim trazendo-me segurança, quero acordar no meio da noite só para ver se tudo isso é real, se acordaremos e nos fitaremos por um tempo até decidirmos levantar. A cada encontro o coração vibra, acompanha as notas da cidade. Meu navio atracou em você, toda a embarcação desembarcou, tentei te observar antes de descer no seu cais. Tarde demais. Estava encantada. A beleza da sua terra e o chilrear dos pássaros faziam com que nos envolvessemos ainda mais. Já é tarde, não consigo voltar. Deixei-me ficar. Em cada trecho seu que eu ando há paz. Em cada canto desse seu mundo que observo há luz. Em cada palavra sua há amor. Deixei-me levar e cá estou, de dengo pedindo para você chegar logo e me acompanhar nesse sonho onde não há ventos contrários que afastem meu navio do seu cais.

"Quem mandou você brincar de amor comigo, amor
(Quem mandou, quem mandou?)
Eu te amo
Eu te quero
Eu te gosto, meu amor"



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Bem devagar - Caetano Veloso

Você entrou sem bater na porta e foi ficando. Se espalhou pelo sofá, ligou a televisão, abriu a geladeira e comeu meu sorvete favorito. Eu só te observava. Quando reparei, você já ocupava minha casa toda. Chegou e encontrou minhas louças quebradas, minha janelas empoeiradas, meu olhar baixo. A casa estava pelo avesso, assim como eu. Trocou a lâmpada, limpou os cacos do chão, abriu minhas janelas e me recolocou no mundo. Serviu-me risos e cervejas. Deixou eu te contar meus desafetos e mostrar como eu gosto de ser pássaro, como a liberdade me encanta. Sem repararmos nossas mãos se juntaram e nos deixamos assim, reféns dos olhares ternos que trocávamos.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Carta à um desamor.

Passaram-se meses. Tudo o que restava de você em mim foi sumindo. O meu jeito de acordar com você e olhar pra cima só para te ver dormir. O meu riso tímido. As cócegas que me rendiam a satisfação da criança ao aprontar. E tudo se foi. Junto deles todo o encanto e toda a historia que um dia imaginei ter escrito. Não passamos de quadros mal interpretados, essa é a verdade. Eu te vejo parado, cada vez mais longe. Corro pelo solo que não permite que meus passos fiquem cravados para que não haja possibilidade de você vir atrás. O que éramos para ser no tempo certo, não fomos. Agora não seremos. Troquei meu número, mudei de casa, troquei os móveis, doei suas roupas, meus ursinhos, minhas jóias..Você cultivou mágoas que eu abandonei no caminho. Deixei para a próxima que resolver te seguir. Você cometeu suicídio dentro de mim. E por tudo o que você me causou, não te deixo nada. Nem carinho, nem respeito, nem palavras. Au revoir

sábado, 6 de outubro de 2012

Eu não sambo mais em vão.

Rabisco palavras pela metade. Meu sono não vem. Fecho os olhos e lembro das nossas mãos se procurando. A fogueira estava acesa e nossos olhos disfarçavam o que já não cabia em nós. Não sei se é amor. Sei que tudo remexe do lado de cá. Que atrevimento! Chegou calado, de canto, e não me deixou escoar pelos buracos. Não tive escolha e fiquei. Você me alimenta de músicas boas , tão boas que chegam a doer - e eu não sei o que me dói. Abraça-me, deita-me no colo e alimenta-me de afagos.
Observo de longe a janela. Olha só, as nuvens tem um desenho estranho : parecem dois barcos - éramos barcos sem cais, lembra? Elas se misturam e viram dois pássaros - que assim como nós se prendem pela liberdade, estranha liberdade. Mexo-me e percebo que você estava me fitando. Seus olhos estavam tão fixos nos meus e eu estava tão longe. Esse meu coração não se aquieta.
Já não sei mais o que a caneta desenha, o que escrevo. Você me desconcerta, seu moço.




quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Retrato em preto e branco


E nesse quase canto eu me calo. Meu quase amor não foi amor, o quase carinho não me acalentou, o quase despertar me fez ter pesadelos. O quase entristeceu-me. Quase fui feliz. Quase me mantive viva. Quase me desesperei, mas me contive. 
Pousei os olhos longe e quase chorei. Lembrei de todas as fotografias claras e quase voltei. Eu tentei te odiar e quase consegui. Eu tentei te impedir de ir e quase te trouxe de novo aqui. Eu sambei e quase me entreguei a outro, mas hesitei. Foi um quase amor. Quase te esqueci, quase te rasguei. Quase te traguei, quase me curei. Quase, amor. 

domingo, 26 de agosto de 2012

Amores tão breves. Duram suspiros e se esvaem. Eu te vi na fila impaciente com uma cerveja na mão e um monte de risos tolos - vocês riam do que? Provavelmente da visão romântica da menina na janela. Fitei seus olhos querendo me buscar neles. E nossos olhos se encontraram e se encantaram por minutos. Você os desviou e voltamos as nossas conversas - como estava a sua conversa? já não conseguia prestar atenção no que me diziam. Peguei minha comida e sai. Dediquei um sorriso tímido para você. Um sopro de amor e passou. Viramos a esquina e seguimos cada qual seu caminho. Aposto que nessa noite o meu sonho será seu. Render-me a um breve amor que nem nome tem, tolice.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Tantas águas rolaram..."


Aos poucos fui juntando meus pedaços que deixei espalhados em nossa história. Reviro as páginas e deixo escapar o pouco amor que ainda podia restar. Ele voou como borboletas, buscou outro local pra posar. O que me mantinha presa a você era a esperança de que tudo isso passaria. Que toda a euforia de término virasse monotonia. Engano meu. Pego meus últimos pedaços e me despeço para que outros amores possam vir.
Todo esse amor foi engano desde o começo, você estava certo.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Deixa a morena contente, deixa a menina sambar em paz!

Olha lá, seu moço! Olha lá!
A moça balança a saia e todos olham!
Deixa ela lá!
Deixa ela sambar!

A saia se abre em rodopios longos,
Os seus olhos correm o salão
O seu riso brinca com as notas soltas da música.

Há quem goste de observar o cabelo negro a voar,
Há quem goste de tirar a moça pra dançar,
Há quem deixe a moça semear qualquer sentimento tolo,
Qualquer ciúme na patroa.

E a moça sabe, sabe
Ah, morena,
Que samba bonito!
Pra quem você samba?



segunda-feira, 23 de julho de 2012

"I've been here before"

Hoje minha mente não se aquietou um minuto e eu sei que você me entenderia. Deitaria minha cabeça no seu peito, me abraçaria e me sugeriria dormir. Tudo passa, tudo há de passar.  Deixei escapar um sorriso tolo e lembrei que você gostava desse meu jeito. É, você gostava sim. Gostava da manha que eu fazia, do meu jeito de grudar em você e não querer te soltar, de pedir pra você ficar e dormir. Eu gostava de te ver acordar, da sua manha matinal, de quando você me ligava pra falar: " amor, eu to com saudades, vem cuidar de mim". Mas nossos momentos foram ficando cada vez mais tristes. Já não havia motivo pra rirmos, amarmos, gostarmos. Você pregou muitas estacas em mim e agora quer arranca-las uma de cada vez silenciosamente. E as feridas não se fecham. Elas aumentam e sangram. Sangram. Sangram. Por que você ainda vive em mim? Sentimento tolo que não quer passar. Amor que não quer passar. E lá se vai uma dose. Duas. Três. Mágoas que não querem ser esquecidas. Lágrimas que não secam. Talvez eu estivesse certa. Já era a minha hora de partir. Talvez eu só não estivesse preparada para isso. Talvez eu não quisesse isso.
- Dorme, amor. Dorme que tudo passa.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

I'm here without you, baby!

Há dias que eu me levanto e te procuro ao meu lado. Cadê você, amor? Os dias estão tão frios. Já não tenho pra quem contar as minhas loucuras e meus sonhos absurdos. Já não tenho quem me abraçar quando meus medos parecem grandes demais. Dói e você sabe. Você sempre soube. Mas você desistiu de nós há tempos, não foi? E nessa minha força eu me desfaço. Me desfaço e não consigo me reconstruir. Por que não levou com você todo o amor que restou quando foi embora? Há tantos dias frios. Não sei para onde caminhar. Tenho uma espera constante pelo final do dia, a fim de que o próximo seja menos doloroso. Engano meu. Os dias passam e a dor parece aumentar. Aumenta porque eu já estava acostumada com você. Estico minha mão e ninguém me alcança. Não há o que me faça parar de sangrar. Você pediu e eu vou continuar. Então me solta, vem buscar esse amor que você largou e eu sigo.

sábado, 7 de julho de 2012

Naufrágio

Naveguei por mares sombrios. Minha embarcação ameaçou naufrágio por diversas vezes, mas agora já não há o que nos salve. Ancorei em você por dias sem fim, acenei e prometi voltar e voltei. Cá estou, prestes a me afogar e você? Cadê você? Percorro os olhos pelo cais e te vejo entretido com outros tantos barcos, resolvo afundar só. Era tão certo que o vendaval resultaria nisso. Estava tão frágil que me fragmentei. Virei pó.Me espalhei pela imensidão do mar. Não restou um pedaço inteiro para a reconstrução. Não sobraram braços, mastros, muito menos a bandeira que tanto defendíamos. Quando me disse que o amor diminuiu era verdade, não era? Eu custei a acreditar, confesso. Há tantas palavras soltas no meu diário, há tantas frases que eu tentei te dizer por olhares, mas tudo em vão. Meu peito se rompe e a dor se mistura com a raiva. Me tornei escrava dos meus próprios medos. Você me fez assim. Cá estou com os olhos cansados e tristes. Acreditei no amor e onde estou? Onde estive e fugi (ou pelo menos achei que tivesse fugido). Foi bom te conhecer. Adeus.

domingo, 24 de junho de 2012

São Paulo, 23 de junho de 2012, às 01:15

Eu te observo assim de longe. Tento reconhecer em você a pessoa pela qual me apaixonei. Tento buscar antigos sorrisos, olhos brilhando, um relógio acelerado que marcou nossos primeiros encontros. Busco o amor que fomos no começo. Você insiste em dizer que foi por impulso. Impulso de quem? Eu já tava na sua há tempos, só demorei para me desarmar. Sei que vamos nos perder, isso levará pouco tempo. E o que estamos fazendo? Vendo tudo isso ruir com todos os nossos planos de danças e viagens que ficaram esquecidos. Isso me dói, mas não tenho forças para lutar sozinha. Triste filme. Estamos acostumados um ao outro, mas estamos cansados. Cansados de brigas, cansados de mimos. Cansados. Ou reinventamos o amor, ou o deixamos assim, desbotado, prestes a morrer. Olhos que se recusam a ficarem úmidos, sorrisos que se escondem, desculpas e mais desculpas para adiar o óbvio. Quem acreditará em no nosso relacionamento se pelo menos um de nós não bota fé ? Tardes tristes. Pareço forte, mas por dentro estou aos pedaços, aos prantos que não cessam. Luto para me conformar com o fim (tudo parece tão certo...), mesmo com o coração gritando " INSISTA, ISSO NÃO PODE ACABAR ASSIM!" . Insistir no que está morrendo? Bobagem? Não tenho respostas. Minha mente se enche de perguntas e de soluções tão confusas.
Pela manhã uma lágrima escorreu pela face. Ando aflita. Muito aflita. Esses dias frios me causam nostalgia. Como nos apaixonamos? E nossos planos, o que faremos? Guardaremos em caixas, rasgaremos, adiaremos? Toda vez que te vejo eu já não sei o que fazer. Somos tão frios. A minha vontade é de abraçar e de não te deixar ir. Ir pra onde? Não sei se você volta pela manhã só para me ver dormir, como você ficou por horas (se lembra?), se cuidará de mim quando a doença vier dar o ar da graça, se dormirá no meu colo como criança e acordará pedindo mil desculpas por ter me deixado em papos com o futebol. Dias longos. Planos longos para uma vida tão curta. Lembra no dia em que você me levou a um lugar com a vista mais bonita? Ficamos um longo tempo observando essa "selva de pedra" (até ela se encontra nas particularidades e é bonita). Dias como esse se perderam. Éramos tão voltados para nós. Fomos capazes de pulsarmos no mesmo sentido.
Diga-me, em que horas nossos destinos se perderam? Esses caminhos que hoje se distanciam, podem voltar a se cruzarem como aconteceu a pouco?  Desde quando deixei de ser peça do seu quebra cabeça?
Fomos a vivacidade da adolescência e hoje agonizamos, desistimos de lutar. E nessa brincadeira, aonde fica o amor? 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em cada samba que eu faço, eu me desfaço em solidão.

Era tarde e meu cigarro terminava de queimar no cinzeiro. Olho pela janela e busco uma linha. Uma linha pela qual eu possa seguir e nos encontrar. Ficamos perdidos no tempo. Olho para o lado e te vejo dormir, não mais como criança, mas como homem cansado após um longo dia de trabalho. Seus olhos já não me encantam. Eles parecem me seguir com desconfiança , deixaramm de amar. Busco meus motivos de sorrisos tolos que um dia pude espalhar pelo jardim. O vi florescer e ser loucura. Ser amor daqueles que não cabem dentro da gente. Mas no caminho da vida nos perdemos. Fui encurralada, não me restava saída. Tentei escapar por entre seus os dedos para manter nosso amor vivo. Você me esmagou. Tentei ser indiferente às outras flores, mas não fui. Tentei resgatar nossas fotos para ver se o que nos juntou ainda permanece entre nós e fracassei. Já fui rainha em sua terra, hoje sou serva. E nessa minha vontade de me transformar em sua, esqueci te de fazer meu. Agora reclamo um chamego. Um cheiro. Um beijo como o nosso primeiro,com o saboroso gosto do reencontro. Parece tarde demais. Olhos que não brilham refletem um coração que não ama.
Você se mexe no sofá procurando uma posição melhor e eu fico acompanhada da minha solidão a dois.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aos pedaços


E eu vou me desbotando, vou perdendo vida. Grito pela vivacidade das cores, pelo sentimento que começou como o canto dos pássaros, encantador. Continuo brigando como se fosse de ferro, mas por dentro sou de vidro. Sou delicada e a mínima brutalidade me quebra aos mil pedaços. Enquanto estou me reconstruindo e voltando a ser doce vem você áspero me dizer em término, privações e deveres do namoro. De rosas sou feita, e de rosas você precisa cuidar. Cultivar-me, regar-me para que eu então floresça. Minhas cores estão cálidas, sofridas e as minhas forças estão se esgotando. Continuo achando que esse amor vai sobreviver aos seus movimentos abruptos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Lamento.

Acordo, pego o meu café, ligo a televisão no canal de noticias e pouco me importo com o que passa ali. Olho para os lados e continuo só. Ninguém para dizer bom dia, para fazer carinho ou para me olhar pelo corredor do apartamento.
Fico ligada no piloto automático... é certo que 10:30 meu celular vai tocar e vai ser você querendo saber como foi minha noite. Direi que foi tranquila e que tive bons sonhos - mentira, não sonho há semanas. Direi que amo, que estou com saudades e desligarei o telefone. Por dentro sei que não amo, que não estou com saudade e que não te quero por aqui; mas alimento uma esperança de que isso vai mudar, que algum dia vou achar bonito a rosa que recebi no dia das mulheres, o chocolate na minha porta no nosso dia ou até mesmo a aliança de compromisso que eu tanto queria.
Meu coração já não dispara, já não sorrio e não sinto que somos um para o outro.
Tornei-me igual à quem sempre critiquei, um alguém frio à espera de um lindo (re)nascer do sol.

domingo, 31 de outubro de 2010


Já é tarde. Os carros correm do lado de fora desta janela. Crio uma situação qualquer para te ter aqui comigo. Imagino uma noite mais bonita que essa. Uma em que eu pudesse roubar a lua e te entregar; que eu pudesse arrancar qualquer sorriso seu só para ver sua covinha, aquela tal que me encanta. Ofereceria a você uma cerveja para que a nossa noite começasse ali. Abraçaria-te bem forte para que percebesse que te quero mais que a qualquer outro que possa aparecer. Brincaria com seus lábios como naquela tarde em que nos conhecemos, provocaria e deixaria por sua conta... Terminaríamos em uma conversa ao pé do ouvido e eu, em meio as besteirinhas, diria como estava lindo. Soma-se às outras tantas noites essa em que ficaremos cada qual no seu canto.

domingo, 26 de setembro de 2010

Solidão não cura com aspirina

Olhei pelo vidro suado do carro você a dizer um adeus temporário de um ano. Segurei-me ao máximo, mas te vi com lágrimas a escorrer no rosto. Parecia criança inconsolável com todos os medos nos olhos e uma vontade de carinho. Um cafuné em uma tarde chuvosa com filme e chocolate, um abraço casual ou um eu te amo sussurrado após uma noite regada a vinho e sexo. De amores morri tantas vezes, mas de saudade... no máximo um apertinho. Por dentro estou sendo corroída. Minha imaginação passou a ter vida própria, a voar sozinha e você sabe, que meu pessimismo sempre reinou. Quem garante que daqui um ano nos amaremos? Podemos apenas nos gostar, suportar ou nem isso. Responsabilizo-me por hoje, amo-te e quero-te por mais um, basta-me um, por do sol.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Arranjei alguém chamado saudade

Desajeitadamente deixo mil e tantas razões de lado. Quero dessa vez mais que qualquer outra. Arrisco qualquer palpite sobre você, o que tem a pensar, a sonhar, a amar. Arrisco que está a soltar um riso atrevido.Evergonhada... Continuo a dizer que te encontro em sonhos e que busco em outros tantos você.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nunca mais romance, nunca mais cinema.

" Eu só quero lembrar de você até perder a memória "
Diga, qual é o seu nome?
Diga, qual é a sua saudade?

Asqueroso e tão longe,
Sabe se lá o que quer,
ou o que quer querer.
Amor, pego, desapego.

15 minutos na estação,
O trem partiu e com ele todos os sorrisos largos,
Quero-te tão colado.
Cola em mim e diz que foi isso o que você fingiu não querer.

Eu já nem me lembro do seu nome,
E tudo aquilo que desejei virou ódio.
Ódio das flores, dos beijos e do copo de wisky.
Ódio de nem ao menos te conhecer.

quinta-feira, 4 de março de 2010

I'm gonna find another you

Digo adeus sem ao menos ter dito bem-vindo às estranhas de um coração mal resolvido - isso é, se coração torna-se algo resolvido algum dia. Passou tão rápido que nem pude sentir seu cheiro, acariciar-te ou cantar ao pé do seu ouvido qualquer música que traduzisse o momento. Prefere não ser de ninguém, não quer ser de ninguém. Voa agora, vai pra bem longe, vai atrás do seu verão, meu amado. A voz que me deixa inquieta do lado de cá do celular é a mesma que diz " volto outro dia" - e disso sou bem entendida e sei que não há de voltar, não há de se atrever novamente. Pairava pela sua atmosfera como pássaro atrás de abrigo. O tempo que cura é o mesmo que afasta, que machuca, que desiludi.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Uma louca tempestade

Naquela noite em que as estrelas dançavam em ritmo de festa iluminadas pela lua cheia, vi você partir com o coração em lágrimas. Antes de partir me abraçou e disse que voltaria para continuarmos aventureiras nas casualidades da vida. Para não denunciar a dor que sentíamos resolvemos então brincar na rodoviária... Cantamos, conversamos no mute, gargalhamos, mas por dentro estávamos corroídas de saudades que ali começava a dar o seu ar da graça. Um silêncio e você partiu. E tudo se revela para mim como se fosse ontem, como se fosse ontem que tinhamos sonhado com o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e o calçadão de Copacabana. Seu telefone insiste na caixa postal e minha saudade vira desespero.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


Os olhos mentem a dor da partida, a dor da saudade, a dor da ausência. Eles mentem a cor do céu e em um pedaço de papel buscam a imensidão do infinito. Pintam o coração de verde e devoram o fígado do inimigo discretamente. Abraçam o amigo que mandou um postal há semanas, deixam os sonhos voarem como andorinhas atrás de verão e se tornam cegos quando escutam o verbo amar. Fingem felicidade na casa da dor, doçura na rotina ácida e vida a cada trago de cigarro dado.

sábado, 30 de janeiro de 2010

To find the reason

A vontade descontrolada de querer abraçar o que os meus pés não podem alcançar faz com que eu não consiga continuar caminhando. Os olhos emitem um brilho que ofusca, os sorrisos as vezes escapam no canto da boca. Borboletas brincam no meu estômago sempre que o telefone toca. Vem uma vontade louca de gritar ao mundo que te encontrei. Foi compatibilidade de pele, foram horas mergulhados na conversa, com a voz rouca que me fez eriçar os pêlos, foram planos que adormeceram no sonho. Fantasio a realidade para amenizar a incógnita que somos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eu me lembro muito bem...


Vou te chamar em silêncio a noite para ver se você vem. Dormi tão gostoso, amado, com você me contando ao pé do ouvido o quanto eu estava bonita e como você estava com saudade. É como se as nossas almas andassem de mãos dadas sem um caminho certo. Afagou meu cabelo e me beijou lentamente como se o tempo não importasse. Sou traída pelo desejo da carne.Devoro-te com os olhos.
- Não faz isso comigo, não, seu moço! - Você solta um riso inocente, abraça-me bem forte e vem como quem não quer nada.
As estrelas se entrelaçam e se completam. Passamos a noite banhados ao luar.
O seu cheiro atravessa o corredor, chega ao meu quarto e me acorda. A cidade acordou inquieta. Está movida à música dos amantes, às batidas do coração.
Deixa eu te dar um cheirinho e guardar o gosto do último beijo para que a saudade não venha dar o ar da graça tão cedo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Clareando de uma vez a caminhada.

Explosão de hormônios. Vivemos a intensidade do hoje, entrelaçados pelas pernas, juntos pela alma. É vicioso. Movimentos viciosos de sentimentos viciados. Inspiro amor e expiro desejo. Desejo da carne, da luz e do ponto máximo. Enlouquecemos. Somos o atrevimento cantando a saudade.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Walk in the sun

Abri a janela e vi as flores espalhando um perfume peculiar, vi os raios a beijar a minha pele e o beija-flor que veio me trazer sua mensagem :
- Estou com saudades.
Nesse desejo tolo que me toma o corpo inteiro percebo que a sintonia se dá pela energia. Te provoco, jogo charme só pra ver se você liga no dia seguinte com aquela voz de "quero mais", pra dizer:
- Passo aí as 18 pra gente pegar aquele cineminha!
Ah, que delicia, te ter, fitar seus olhos sem cansar, te abraçar, te beijar. Fez com que eu assistisse o nascer do sol, enrolado com mais meia dúzia de palavras bobas e apaixonantes.
Adoro o fato de ser um perigo pra você, de ficar desafiando os seus limites, de tentar ver se quem mexe com fogo realmente se queima.
Noite estrelada, que vem me banhar, peço-te com a alma, traz o amado pra cá!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O sol de um novo dia vai brilhar.

Encontrei-me na música, nas mãos que dançam batendo no pandeiro, na alegria dos batuques que preparam o Carnaval. Tornei-me forte com o choro do cavaco, com a voz rouca que quer entreter não só a alta classe e espalha a fé na humanidade; com o girar da roda onde as cores tornam-se uma só, sejam negros, brancos e amarelos a bailar no ritmo que envolve o novo dia que dá aos privilegiados os primeiros raios de sol.


Samba meu, samba meu...

domingo, 16 de agosto de 2009

00:00

O relógio marca meia noite em ponto e o meu sono parece distante demais para chegar a tempo, ainda lembro do abraço apertado que pintava o céu de vermelho, as estrelas que faziam-se cama para nós, amantes; lembro das nuvens a dançar no céu ao som da sinfonia que logo ali embalava o ritmo. Detalhes formaram colchas de retalhos, bem coloridos, bem distraidos e vibrantes. Te vejo aqui mais perto, chegando aos poucos e roubando um beijo, saiu de fininho com as bochechas coradas e fingiu que essa conversa nunca aconteceu. Vontade de largar o agora e me entregar de vez, amar até os seus defeitos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Não dá pra disfarçar.

O seu jeito de fazer os olhos da linda flor virarem estrelas, de fazer com que ela se perca nos seus abraços, fazem com que te queira mais perto. Ela traduz as vontades nos gestos, na forma que te faz cafuné, que fica maravilhada mirando seus olhos acompanhado de singelos sorrisos, que te admira no tocar das cordas que parecem definir o ritmo que as notas dançam... Sua menina, que gosta de brincar de mostrar os dentes, agora te olha de forma intensa e deseja:
- Boa noite, meu menino!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Big Star

E naquele céu escuro, no qual não havia uma lua visível ou sequer uma estrela cadente para ficarmos admirando a noite inteira, ainda sobrou-me uma pontinha de esperança: um sorriso que abriu-se de ponta a ponta, quem sabe uma das maiores conquistas. Palavras fizeram-se silêncio quando o que eu sentia foi maior do que eu poderia explicar, até porque seria inútil.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu fui condenado sem ter juíz

As mãos que afagam meu cabelo, fio a fio, constroem um mundo de sonhos. O céu hoje mudou de tom e nos iluminou, cantou a nossa música e fez as notas dançarem, libertou nossas almas e nos fez buscar algo além do amor. A chuva repunha as lágrimas que outrora escorreram e deslizaram pelo rosto. Condenaram-me sem ao menos conhecer e decifrar o que meus olhos tentavam dizer. Não posso fugir, os pensamentos correm e me retomam a ti, correm mais um pouco e alimentam sintomas irreais. Quando o coração resolve acompanhá-los restam-me duas saídas: rendo-me ou nego-os completamente.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O infinito é realmente um dos deuses mais lindos.


À beira de um abismo, ele fica de costas para o real, nega tudo que o incomoda. Mergulha no infinito, inveja-o e parece querer alcança-lo logo. A mistura de cores, sozinhas, acompanhadas, dotadas de vida não o interessa. Ele gosta das coisas monocromáticas. Busca a liberdade junto com as nuvens que ali atravessam... Os sonhos foram guardados em caixas, e muito bem guardados por sinal. A flor, ali ao canto da montanha, faz com que ele lembre da amada. O óbvio prestes a acontecer, o voar do passarinho. Deixou de acreditar nela quando viu que pessoas são aparências, quando viu que o sentimento, outrora exclusivo, agora estava divido entre ele e o seu melhor amigo. Se não bastasse a infelicidade, a nostalgia, dolorosa nostalgia, veio o acompanhar. Já sentia repulsão pela menina do Carnaval constante, pela menina independente, pela qual entregou-se por completo. Não quis abrir as portas pra vida, continuou sem rumo; o silencio gritante acompanhou o coração despedaçado. Os braços há muito tempo não servem de aconchego ou refugio para os desesperados. Existência. Hoje, ele apenas existe.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Tão correto e tão bonito!

Agora vejo corpos dançantes e suados na cidade, embalados nas batidas que o coração faz. Todos no mesmo passo. Timidos de começo. As luzes piscam sensivelmente, o vento sopra o cabelo e os sonhos. Bate na sua porta, beijam-te de primeira e espalham aroma. Um dos melhores aromas. É amor, meu caro!

domingo, 7 de junho de 2009

Gozar a liberdade de uma vida sem frescura.

Começo assim, a 20km por hora,
Olhando, descobrindo, encantando,
Vejo a água violentando a pedra,
Escuto, silenciosamento, as asas da borboleta baterem.

Descubro como é bonito brincar,
Colocar a roupa da mamãe e me fazer de moça,
Discputar a atenção com o irmão.

Agora ando a 100km por hora,
Ás vezes tenho um olhar nostalgico que perfura o vidro do carro,
Recorro a amores irresponsáveis, abraço bem forte,
Corro os olhos por entre os copos suados.

Já não aguento mais, rastejo a 10 por hora,
Sofro com a falta de auspiciosidade da juventude,
Louca e amante juventude.

Nostalgia, rebeldia,
Oscilar pelos extremos
E então, fechar os olhos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Notícias populares.


- Corre cá, Dona Joana;
Vem ver,
O jornal vai começar,
Sente lá!

" Morreu hoje o ator Joquinha;
Filho da cantora está internado;
Atlético Mineiro vence campeonato regional;
Polícia combate protestantes na 25 de Março".

- Tadinho do Fulano, do Ciclano e Beltrano - gritou de longe.
- Esses ambulantes são muito vulgares - chegou mais perto.
- Mãe estou com fome!
- Calma, querido. Espera só terminar a novela!

Plim, Plim, encerrou-se mais uma massificação.
Fechou os olhos e dormiu no aconchego do lar,
Acordou com a mesa farta e noticias jogadas,
Reclamou, e como reclamou, pra ir trabalhar.

Naquele mundo "GLOBAL" não disseram quantos morreram de frio na noite passada,
Pouco importou o mendigo que foi queimado.
São brutos ataques sociais ocultados.

Vê-se cada vez mais o que o povo gosta:
De pão e circo,
De Carnaval, futebol e novela!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Que desejo é esse que eu sempre quis? Fez-se paraíso dentro de mim .


Há muito tempo não me sentia assim, aérea, ansiosa pelo novo, encantada pelo incomum.
Gosto do jeito com o qual você me faz corar, despi-me os medos como quem acaricia o corpo, inebriando os sentidos e fazendo sorrir. Gosto da curiosidade que te incomoda, das perguntas traiçoeiras e da sua busca eterna por respostas. Gosto do seu jeito de me elogiar, mimar e brincar com o meu cabelo; do seu ser não estereotipado, da sua fuga da massificação de pensamentos, das suas citações inesperadas.
- Vem logo, vamos ver o pôr-do-sol!
Satisfaz-me isso, você,seu violão e o que ainda temos para descobrir.

sábado, 9 de maio de 2009

Que o céu seja aqui.

Não aguento te ver entregue à terra,
À mercê dos bichos, que explorarão suas entranhas,
Coberta de cinza, prata, ouro,
A chuva chama por você.

Vejo-te voando entre as árvores,
Como borboletas aos olhos de crianças,
Voa e voa, ultrapassa limites,
Destrói barreiras, faz de tudo unidade.

Vejo-te menina, amante da lua,
Com o coração pulsante e o humor oscilante,
Observa e observa, pega no sono profundo,
Ama, e como ama, com o olhar de adolescente.

Vejo-te abraçando o mundo,
Sorrindo, cantando, sonhando,
Consolou assim corações desesperados,
Fez-se heroína, mãe e mulher.

Por um instante o sol de apaga,
O tempo perde seu significado,
As drogas não anestesiam a dor.

Mundo incessantemente cruel,
Tira de mim, de forma bruta, meu grande amor:
Descanse em paz, nona!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sim, me leva para sempre Beatriz.


- E quando estamos juntos as cores parecem mais intensas, o nosso tempo não condiz com o relógio, nossos abraços são mais calorosos, nossos lábios completam-se e tornam-se amantes. Seus olhos denunciam um coração apertado prestes a dizer algo,mas não tem coragem. Seus sorrisos parecem cada vez mais distantes. Espere, não se feche no seu recinto, onde as paredes são feitas de giz. Vem, diz que está tudo bem, pare com crises existenciais. Adoro seu ciume bobo, o seu desejo incontrolável, o seu desapego ao passado.Vamos correr por entre as árvores, vamos passar a tarde no parque, vamos andar com as mãos entrelaçadas mostrando ao mundo o que o coração sente. Façamo-nos mais forte que o vento cortante. Precisamos voar agora, preparada? Um, dois, três...
- Não,eu não quero voar. Espera! - gritava ela
- Achei que íamos ultrapassar os limites da carne. Você parecia tão...
- EU TE AMO!

Ele não hesitou, fez-se certo de que ela era o seu grande amor. E tudo isso acaba como uma linda história de verão, de outono, de primavera e inverno. Uma história de Carnaval, dia dos namorados, um final de semana qualquer, natal, ano novo, enfim, ele fez dela a sua vida.

sábado, 25 de abril de 2009

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Andava pela cidade como uma criança encantada, as luzes dançavam, ultrapassavam os limites do real, os sons se misturavam com os cheiros e tornavam-se uma coisa só: veludo. Tudo se interrompe por uma única fonte de luz.

Quantas pessoas deixaram familiares para trás, quantas vezes a farra acabou com vidas, quantas lágrimas correram, quantos sonhos foram perdidos?

Vejo tantos homens reverenciando o poderoso, muitos criticando e repetindo o erro e pouquíssimo lutando pelos desfavorecidos.
Quantas vidas já foram tiradas pela ânsia de se autoafirmar, pela irresponsabilidade de seres que gostam de viver sem limites? Quantas famílias já se romperam, quantas janelas já foram fechadas?
Enquanto alguns ainda se lamentam pelo 11 de Setembro (não que isso não tenha sido trágico), outros milhares foram mortos, massacrados sem ao menos saber porquê.
Enquanto americanos e russos tem a capacidade de destruir 60 vezes o planeta Terra, outros tantos ainda morrem de fome e sofrem pelas ironias do sistema.
Está na hora de deixar as criticas de lado e agir!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Não faça assim, não faça nada por mim.

Gosto tanto de me aventurar, viver nos extremos, sonhar bem alto sem medo de cair, amar sem limites. Gosto tanto de passar os olhos por cima das árvores, desejar ficar em um lugar só meu, meditar, recompor-me.
Tudo como o primeiro beijo, o primeiro abraço, o primeiro sonho taxado de impossível,o primeiro amor (Ah,quanta saudade).
Abraço-te bem forte para poder te sentir ali comigo, faço com que os pensamentos se fundam, que os desejos se completem, que seus amores sejam esquecidos... Espero que você crie um mundo nosso, onde a gente se ama sem medo, onde os cheiros trazem boas lembranças, e a lua, a tão sonhada lua, fique a sorrir incessantemente para nós.(Esperar é pecar)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Em pensar que ele não mente, só doi.


E quando a perfeição vem à tona, quando as respostas aparecem, tudo muda, tudo se camufla. Acreditei mais uma vez em um pra sempre que nunca existiu.
A noite cai e a falta que você me faz aumenta desproporcionalmente, tornando-se insuportável. As lágrimas que escorrem só exteriorizam o que o coração sente.
Uma retrospectiva que não é bem vinda, as reminiscências que excitam mais a dor.
Fiz-me forte, não atendi telefonemas, rasguei todas as cartas, queimei todas as fotos, mas o que faço com o que está dentro de mim?
- Uma dose de whisky, por favor!


PS: Desabafei!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Eu não sei em que hora dizer, me dá um medo.

Não deixe com que te censurem,
Te esmaguem ou te usem,
Seja forte, meu caro,
Este não é o fim.

Não deixe com que zombem de suas mudanças,
Do seu passado ou do seu presente,
Anseie por um futuro feliz,
E você é capaz de transformar o que agora te machuca.

Valse, deixe o embalo te levar,
Observe, escute, sinta, grite,
" Terra à vista"
Uma nova parte de ti há de ser descoberta.

Nas faça das noites sombrias,
Leve-as como noites de verão,
Viaje, sonhe, idealize,
Busque outros mares, sabores e humores.

Tão velho, tão pulsante, tão oscilante,
Tão carente, tão presente, tão amante,
Deixe com que o tempo responda.

Uma coração errante,
De seres humanos inconstantes,
Que insistem em amar.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Lutar quando é fácil ceder.

Observo de longe um bicho,
Que mexe e remexe nos restos humanos,
Atrás de comida, dignidade,
Amor, de vida.

Observo comércio ao ar livre,
Vidros fechados, esperanças deixadas ao vento,
Eles querem estrutura, doces,
Brinquedos, eles querem ser criança.

Vejo pessoas jogadas, mofadas,
Esquecidas, mal cuidadas,
Eles querem filhos, netos,
Querem família e cuidados.

Politicamente incorretos,
Socialmente mal julgados,
Eles tem carência,
Eles sofrem de fome.

Fome de escola, carência de ferro,
Fome de amor, fome de calor,
Fome, fome.

Eles querem mais, um pouco mais,
Eles querem igualdade,
Eles tem fome de sociedade.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"O amor só mudou de cor, agora já tá desbotado "

Não gosto de te ver aéreo. Parece que busca outro sorriso, outras estrelas, torna-se amante de outra coisa que não seja a lua, busca novos sabores, não sei ao certo. Em seu carro quando escutamos Red Hot você faz uma cara e muda de música, o que isso te faz relembrar, sua ex, seu ultimo ou atual amor? Não te vejo totalmente entregue.
Vamos, realize o que as suas palavras ditam, isole estes pensamentos vazios e sem sentido. Não quero ser a mulher submissa que muitas vezes fui, eu mudei...
Adeus, não aguento essa dor, e mais uma vez, vou correr daquilo que me traz insegurança.

" Corra lá vem a tristeza, atirando pra todos os lados"

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Me disseram uma vez que o danado do amor pode ser fatal


Caminhei por entre as entranhas de um coração mal resolvido e descobri que existe alguém maior que as barreiras criadas, maior que as palavras viciosas ou sem efeito. Pude perceber alguém que vive e não simplesmente existe, que cria e recria medos, mas não os assume. De fato, é imperfeição aos olhos dos realistas, mas pra mim que tenho um olhar romântico, acho a perfeição no imperfeito, idealizo o que, agora, deixa-me envolver, deixa-me voar por outros planos, deixa-me sonhar e realizar o que a carne não permite. Descubro que, de forma simples, amo e isso me satisfaz plenamente como ser humano imperfeito que sou, isso me basta!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Em cada um de nós há algo de uma criança.

Com os olhos segui a borboleta que voava de forma sutil, que atraia mais e mais olhares, que despertava a curiosidade, ás vezes a repulsa de alguns, que em certo momentos se perdia na falta de cor da cidade.
- Papai, olha aquela borboleta ali, que bonita!
- Vamos embora menina, até parece que nunca viu uma borboleta...
- Papai, compra uma borboleta pra mim?
- Pare de bobagem.
Para a criança o novo, para o adulto o comum.
Perdemos a percepção de formas e cores maravilhosas que nos rodeiam e que de forma direta e indireta estão em nosso cotidiano. É hora de regastar a alma infantil.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Fantasmas da minha voz...


Você tem medo do que?
A rotina cansada, o amor esquecido, a palavra ocultada, o menino esquisito...
(Você tem medo do que?)
Amar inteiramente, ser um pai ausente, ter amigos presentes, descer de uma ladeira...

Eu sei, ela sabe, ele também sabe... que você tem medo é de cair e não de voar!

ps: Vou viajar, então isso aqui vai ficar ás moscas por algum tempo :*

sábado, 3 de janeiro de 2009

Was this supposed to happen?

- Toc toc?
- Quem é?
- O amor, posso entrar?
- Vem perturbar-me novamente? Saia, não aguento mais sofrer!
- E quem disse que sou eu que te faço sofrer? Não projete no outro os seus desejos, não espere pessoas perfeitas, aceite-as do jeito que elas são!
- Mas são erros naturais humanos!
- Seja diferente, faça diferente!
- O que fazer pra ele me amar do jeito que eu sou?
- Cobre-o menos, surpreenda-o, abrace-o calorosamente, beije-o como se fosse o último dia que vocês fossem se ver. Não se doe inteiramente, não espere dele, seja neutra!
- Se eu for neutra não me apaixonarei, sim?
- Não ligue de 15 em 15 minutos, conquiste a confiança dele, seja amiga antes de ser amante!
- Impossível!
- Então, morra assim, amarga!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz ano novo, adeus ano velho...


Deixarei então um ano obscuro, pouco aproveitável, cheio de atrocidades. Antes de deixar com que ele caia no esquecimento, perguntar-me-ei quantas janelas precisarão ser fechadas? Quantas vidas deverão ser tiradas para que enfim a justiça tome o seu posto e cumpra com os seus deveres? Quantos pais terão que enterrar filhos contradizendo a "lei natural" ? Sei bem que o sensacionalismo tomou conta de vários casos como a Nardoni, a Poliana (agora no final do ano), o menino que foi morto em uma perseguição policial (não me lembro o nome dele); mas essas coisas, para os seres humanos tornaram-se normais. Mortes de pessoas inocentes agora são tratados com frieza, atentado contra a vida do próximo tornou-se rotina... até quando?
Ontem, quando estava assistindo a queima de fogos, senti-me entusiasmada por começar um novo ano, esperando ser melhor que o anterior, mas vi, que ali mesmo na Paulista, as pessoas que se misturavam ainda tinham preconceito, moradores de ruas ainda estavam ali, estereotipados, bêbados, o transporte público ainda estava um caos e vi, que para o Brasil, o ano começou igual, com os mesmos problemas sociais!

ps¹: apaguei os posts anteriores porque perdi a linha de raciocínio e creio que eu iria me contradizer ao decorrer da história, não consegui dar continuidade!
ps²: Feliz ano novo a todos!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Everyday should be a new day...

Este rio seca, olhos cansaram de chorar, corações desistiram de gritar devido a fome. A beleza da cidade agora está escondida pela podridão do ser humano, a falta de esperança, a desistência do sonho, a falta de amor,por fim, a rotina. A falta de felicidade, a falta de loucura, a ausência do verdadeiro eu, a esmagadora competição, a ânsia de sobressair, a falta de cor. Até quando passaremos por cima de irmãos por interesses próprios e negaremos, hipócritamente, esta realidade áspera? Até quando vestiremos máscaras e não nos assumiremos? Até quando nos trataremos como objetos?
Agora é hora de recomeçar, de mudar, reinventar, enlouquecer, enfim, viver!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

E eu faço o que com a nossa vida genial?

Tornou-se insuportável, o amor reprimido hoje me consome de maneira negativa. Observo casais felizes, crio em mim uma ânsia por te ter ao meu lado, seja a qualquer custo. Agarro-me ao lençol, ligo-te e sou estranhamente tratada com frieza. Pego o carro e resolvo andar pela cidade, ocupar-me com algo mais interessante, fico entretida com as luzes da Paulista, caminho pela Consolação, enfim, avisto um bar, e por que não ir até lá Rosto facilmente reconhecido, mais uma decepção. Vejo-te distribuindo sorrisos, esmagando-me com anedotas de amor, fazendo graça para outras garotas. O meu então passeio, tornou-se um pesadelo. E a culpa disso vai pra quem, pra mim, que acreditei nas tênues palavras humanas ,ou pra você, que criou em mim a esperança de um amor perfeito?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Uma porta pro infinito, o irreal...


Olho pela janela, abro-a para enfim sentir o gosto da liberdade. Sinto-me passarinha prestes a voar, o vento corta meu rosto, sinto-me sozinha e por um segundo arrisco abraçar o mundo, experimentar novos sabores. Viajo por entre as nuvens, imagino desenhos, imagino amores. Sinto lábios de anjos, sinto toques que ultrapassam gerações, encontro-me em lugares jamais descobertos.Sobre mim olhares evasivos, penetrantes, curiosos. De longe admiro o verde, as borboletas, as amoras docemente deliciosas, o casal que acabara de se resolver. Observo sorrisos solenes, palavras misteriosas, choros sem razão. Paro por um instante, desejo um par, um amor louco e bandido, uma nova aventura. Distanciei-me do bando... Acordo entre grades, com o ar condicionado ligado e aquela mesma conversa entediante de sempre.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Essa moçada careta que não quer saber de amar...

Peguei-me pensando nos assuntos do coração, vi que é algo extenso e complexo, que não tem solução concreta, que exige extremamente do ser humano. Se quer saber, amei uma vez (isso não quer dizer que nunca mais irei amar alguém ou algo extremo). Primeira experiência, ingenuidade, vontade de agradar ao próximo, anular-se, pensar que o outro te completa, imaturidade, ciúme doentio e consecutivas discussões. Talvez essa ânsia por querer satisfazer o outro atrapalhe, tire seu devido valor, tire a vontade e a felicidade que ali residia, vire rotina... E quanto mais doava-se, mais exigia-se. Quando terminou pareceu tudo sem sentido, sentimentos diversos atormentavam-me, um choro constante e o desejo imenso de ter o amado ao lado. Fui tratada com insignificância, pouco importavam minhas sinceras lágrimas, o coração tornou-se abstrato, o olhar tornou-se vazio, os vícios tornaram-se companheiros e os amigos fizeram-se distantes. Essa força que surgiu sabe-se lá de onde, tornou-me mais fria, mais calejada em questões amorosas, evitei machucados e feridas, curei as que restavam, tornei-me exigente quanto aos homens (não imagino príncipes, imagino seres humanos errantes,com vícios e imperfeições). Hoje, não choro e nem exijo amor de ninguém, faço por merecer, coloco a minha felicidade a frente de tudo.Traição tomou um outro gosto (talvez mais doce que antes, mas isso fica para uma próxima), não me entrego totalmente e desconfio de juras eternas de amor, fiz-me completa... um olhar um pouco pessimista, mas descobri que o amor não é tão belo quanto parece!

domingo, 30 de novembro de 2008

I'm lost the words...

São Paulo,16 de Novembro de 2008, ás 3:00
Palavras vem me atormentar, pensamentos insistem em pulsar no mesmo sentido. Só perto de você esqueço dos problemas, saio da realidade e vou para um mundinho só nosso. Só você corresponde a olhares, faz sumir a carência, faz com que o tempo pare, e, psicologicamente, torne-se eterno. Agora um único pedido: Abraça-me e negue esta realidade que insiste em me machucar.

São Paulo, 17 de Novembro de 2008, ás 10:44
Caí a chuva, mais um barulho alucinante para quebrar o tédio que insiste em me assolar. E os pensamentos, onde estão? - perguntou-me um colega de classe. Eles estão tão longe, encontro-me assim, olhando-te rir (Ah, seu sorriso, este me encanta), fazendo manha e tornando-se perfeito, cada vez mais e mais.
Bate o sinal, adeus, volto então para a minha vida pacata. Cadê você para mandar ao espaço essa tal monotonia?

São Paulo, 18 de Novembro de 2008, ás 8:55 horas
Sonhar, a doce virtude humana. Há muito tempo desconhecia a tal. Esperanças faltavam-me. Enfim, apareceu você e fez tudo mudar, colocou aquele pinguinho colorido que me faltava, fez-me descobrir novos países, novos sabores, novos humores. Venha cá meu caro, vamos brincar de amar.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

É tão certo quanto o calor do fogo...


Certo dia estava sentada no balcão de um bar qualquer e deparei-me sozinha e a pensar nas coisas que fiz ou deixei de fazer (vulgarmente, eu estava na fossa)... E no meu terceiro copo de pinga minha vida passou em flash back, estranho, mas nossa amizade foi a que mais apareceu, a que mais revelou histórias... Pois bem,pus me a chorar...Como um dia fui pensar e que seria seu segundo plano? Como um dia eu te deixei de lado por besteiras e paranóias? E mesmo que o tempo voltasse eu erraria as mesmas coisas do mesmo jeito, sem medo de assumir e encarar as consequências!
Voltando ao fato... Chamei o barman e perguntei:
- O que fazer quando algo te deixa infeliz ou te dá um medo que não pode ser descrito em palavras? O que fazer quando errar se torna tão comum e acertar se torna cada vez mais difícil?
E então ele respondeu:
- Deixe de bobeiras,venha cá, vou te contar uma coisa... A amizade é construída, não é um jogo de dominó onde peças são trocadas ou simplesmente jogadas, é uma ligação, é uma história e cabe a você colocar um fim, um ponto final, ou deixar com que ela se eternize... Mas não se sabe ao certo o que o destino nos prepara,então deixe pessoas amadas com palavras bonitas e sinceras... Diga eu te amo quando ela menos esperar, chame seu nome quando sentir que ela está excluída, tenha muitas amizades mas lembre-se de que SEMPRE haverá aquela que você vai se identificar mais, que você contará os segredos incontáveis e aguentará patadas na tpm!Seja paciente minha cara, tudo é questão de fase.
Mal sabia eu que as palavras daquele homem fazia-se presente, sabedoria.
A cada pedaço de chão andado, a cada riso dado e a cada palavra mágica dita, eu te sinto aqui comigo! Eu te amo não resumiria algo que para mim, ainda não tem nome!
De sua querida,
Beatriz.

Dedico este texto àquela que é a flor mais bonita do jardim, que espalha os perfumes por entre as janelas, que entra sem pedir licença e acaba ficando pela simpatia imensa, à minha irmã, Amanda Signori.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ah, a gente já não sabe amar...

Apresento-lhes o problema: Fome e menores de rua.Logo vem em mente culpar o governo, falar que ele não faz nada pra mudar, não dá assistencialismo e coisas afins. Claro, é natural do ser humano fazer isso, culpar ao próximo, a instituição e não ver que ELE não faz NADA para melhorar. Hipocrisia, isso, são todos hipócritas; criticam o sistema mas não fazem NADA para mudá-lo. Não peço jovens ativistas, que vão para as ruas com faixas protestar tudo, peço só um pouco de amor para com o próximo, comece pelas coisas pequenas... ou você vai esperar que o governo resolva tudo? Você deve pensar : " Pois bem, pago impostos pra quê?", eu respondo vergonhosamente que é pra sustentar político e seus gastos supérfluos... Mas será que apenas o dinheiro ajudaria os menores e mataria a sua fome? Eles não tem apenas fome de comida... eles tem fome de educação, de uma instituição familiar equilibrada, eles tem fome de conversa, de carinho...ELES TEM FOME DE AMOR! Quando ver alguém ali sujo, surrado,pedindo esmolas, não o descrimine, troque olhares, troque sorrisos... talvez isso valha bem mais do que o dinheiro que ele foi pedir-te!
A minha parte eu faço... mas e você, faz a sua?

Ps: não queria que este texto caísse no moralismo, mas se caiu, peço desculpas, pois não foi o meu intuito!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As vezes me preservo, noutras é suicidio...

Pessimismo, este tal me consome. Não sei ao certo de onde provém, não sei se é medo ou insegurança, não sei se é realidade. Uma sequência de perguntas e nenhuma com uma resposta animadora. As palavras já não fazem mais sentido, um passarinho cantarola em minha janela, as flores se abrem, mas tudo está tão sem cor. Sorvetes, chocolates, balas e milhares de chicletes não adoçam a vida amarga. Socorro, alguém me tira dessa monotonia?!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

More than words.


Palavras, palavrinhas, palavrões. Poucas palavras, muitas palavras, enfim, confusão. Criam efeitos, são capazes de destruir ou então de proporcionar momentos felizes. Com sentido, sem sentido, apenas jogadas, parecem inocentes, graciosas, podendo serem comparadas com crianças. Vem aqui, coloca pra cá, muda de posição, vê como ela melhor se encaixa.
- Veja além das palavras, você entenderá a essência e a arma que carrega!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E traz a dúvida se é você que está nessa prisão

- Socorro!
Deveria ser o grito de uma sociedade, que é devorada por prédios, casas, fast-foods, multinacionais, que cresce exarcebadamente, sem estrutura. Um terror paras criancinhas, uma gaiola para aqueles que julgam-se livres. E você ainda bate no peito e se orgulha de morar em cidade grande? Onde em cada passo, esbarra-se em uma pessoa e não há tempo nem de pedir desculpas, pois os míseros segundos dela que seria voltado a você está sendo consumido pelo celular; onde pessoas são tratadas como objetos, onde a tal educação de berço deixa de existir por um tempo. Entrar no metrô olhar para o lado, cada um fechado no seu mundinho, todo mundo consumindo ou sendo consumido por algo. Para mim, tudo terá o mesmo fim, tudo se resumirá a pó.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

" O tempo foi que errou"

Certo dia resolvi andar pelas ruas, os ventos me traziam perfumes os quais estava tentando esquecer, a comida me trazia o gosto o qual preferia não lembrar, a novela que passava na vitrine da loja me lembrava bons momentos... Estranho, mas tudo o que estava colorido transformou-se em preto e branco, a felicidade ausenta-se por um momento e a melancolia toma conta, algumas lágrimas escorrem na face, até que alguém me para, era uma criança e me pergunta:
- O que aconteceu com você? Por que choras assim?
Abismada com a abordagem carinhosa e com as palavras doces respondo:
- Não é nada, sinto-me envergonhada... Onde já se viu uma mulher dessas chorar e perambular pelas ruas após uma perda? (enxuguei as lágrimas e sentei-me na calçada)
- Não chore, não chore, levante-se, perambule pelas ruas, veja as diversas histórias que esta contém e a perda é inevitável...
- Já teve aquela sensação de "eu devia ter feito" ou "eu devia ter falado", e quando você pensou em falar foi tarde demais?
- Não se preocupe com isso, está vendo aquela estrela ali? Ela sorriu pra você... quem se foi, sabe ao certo o que você queria dizer ou fazer. A alma e o coração não mentem
Calei-me, respirei fundo e voltei ao meu apartamento. Afoguei-me em lágrimas. Como pode uma criança ser tão sábia?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Fantasiei até chorei.


- São suas doces palavras, o seu cheiro, o seu jeito de tentar decifrar-me que me enlouquece. São os abraços que me levam as alturas, os beijos que me separam dessa vida banal, os olhares macios, as risadas mágicas. Ai, esse seu amor me faz mulher, deixa-me criança, traz-me um mundo paralelo. Afogo-me nos pensamentos e quem encontro lá? Você. Claro, radiante, surpreendente. Carinho, respeito, amor e acima de tudo amizade.
- E por que demorou para dizer isso a mim?
- Um momento certo, onde a neblina tenta encobrir nosso céu, apenas palavras doces e um real sentimento poderia mandá-la pra longe!
* um silêncio toma conta do local, cada um toma o seu rumo *
Após alguns dias...
- Como eu queria controlar seu pensamento, seu sentimento, seu jeito, adequar-te a mim, não deixar com que o vento te leve, guardar-te em um potinho, proteger-te. Pobres mortais que buscam a perfeição nos outros.
- E está tudo assim, corrompido por coisas banais, acabado. Nos esquecemos as vezes que somos humanos.


Amor pra mim é estereótipo.
Apenas os românticos sabem o que é amar.

domingo, 22 de junho de 2008

E fazer o tic tac dia e noite, noite e dia


Tic Tac, tic tac, tic tac, canta o relógio...
Tic tac para brincar, para sonhar, para sair com os amigos, para se apaixonar...
Tic tac para viver amores, para rever papeladas, para ir tomar uma cerveja com os amigos, para fazer filhos...
Tic tac para cuidar dos filhos, para brincar com eles, educá-los, para curtir sua nova vida...
Tic tac para jogar baralho, ler um livro, curtir com o seu velho, ver novela, tomar um chá com as amigas..
Até o último tic tac...
- Servos do tempo, sois tão inocente, se soubesses o que isso te priva, o que isso te deixa passar, o que isso te custa.

sábado, 7 de junho de 2008

O tempo não para


Uma saudade ácida, pessoas mudadas, lembranças boas, artes. Sentir que tudo não está como antes, outros rostos, novos olhares. Pessoa desconhecidas, pessoas conhecidas que te ajudam a relembrar tudo. Festa Junina, vinho quente, quentão, frio e calor, antigos amores, supostos novos amores, amizades que foram jogadas ao vento, obras que foram deixadas no esquecimento. É estranho a relação do ser humano com o seu passado, por mais sofrivél que seja você tem que deixar pessoas queridas para seguir um outro caminho, você encontra um na esquina e saí pra tomar um café, mas não é a mesma coisa do dia-a-dia ali, falando-te bom dia, como está?, boas risadas e maus bocados. É totalmente esquisito, é uma mistura de felicidade, saudade, tristeza. São pessoas que cruzam nossas vidas, dividem experiência, ensinam, lutam, erguem-te, dão um abraço aconchegante e um sorriso encantador. Mas o tempo corre, as pessoas são passageiras, os bons momentos são cobertos com nuvens negras. Quanta saudade daquilo que foi como uma segunda casa .

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cotidiano.

Vida monótona de estudante, conhece? Ir pra escola, ficar até as 18, voltar pra casa cansada, ter lições a fazer, trabalhos a terminar, folhas pra lá, folhas pra cá. Um estresse que só. Mas é momentâneo... Eu sei que são coisinhas pequenas que eu não devo me preocupar! Então, saí pra lá estresse!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O grande Everest

I.
De malas prontas e excursão organizada,
João chega e chama a moçada,
Parar entrar em uma cilada.
Uma mistura de aventura e emoção,
Eu sei que o medo toma conta de todos,
Mas João encoraja-os dizendo:
- Assim como a vida, vamos sobreviver de superação,
Coragem e medo, alegria e tristeza, orgulho e paixão.

II.
José se despede, as lágrimas da mulher,
A vontade, a ansiedade, não o deixam ceder,
Queria ele outra visão de mundo ter.
Partiu, deixou a mulher às saudades,
E um filho cheio de orgulho que aos amigos foi contar as novidades.
Dentre montanhas e neblinas,
Foi possível ver as estrelas e a lua.
- Ai, que saudades da minha menina,
agora idealizo-a nua,
que infelizmente não está neste momento,
para mandar pra longe esse sofrimento.

III.
Frio, vento ao rosto, musgos, cansaço e solidão.
-Uma confusão de sentimentos a qual não posso dizer não,
O objetivo eu vou alcançar
E no alto a bandeira eu vou colocar,
Provando que mulher também é capaz
De enfrentar essa aventura sagaz.

IV.
- , minha mãe foi uma grande mulher!
- Minha neta, as mulheres são grandes.
- Mesmo quando elas tem medo?
- Mesmo assim.
- Onde ela está agora?
- Em algum lugar caçando estrelas.
- Estrelas, ?
- Ela alcançou o lugar mais alto.

(Por: Beatriz F, Alexandre M., Estela O.)