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sábado, 9 de maio de 2009

Que o céu seja aqui.

Não aguento te ver entregue à terra,
À mercê dos bichos, que explorarão suas entranhas,
Coberta de cinza, prata, ouro,
A chuva chama por você.

Vejo-te voando entre as árvores,
Como borboletas aos olhos de crianças,
Voa e voa, ultrapassa limites,
Destrói barreiras, faz de tudo unidade.

Vejo-te menina, amante da lua,
Com o coração pulsante e o humor oscilante,
Observa e observa, pega no sono profundo,
Ama, e como ama, com o olhar de adolescente.

Vejo-te abraçando o mundo,
Sorrindo, cantando, sonhando,
Consolou assim corações desesperados,
Fez-se heroína, mãe e mulher.

Por um instante o sol de apaga,
O tempo perde seu significado,
As drogas não anestesiam a dor.

Mundo incessantemente cruel,
Tira de mim, de forma bruta, meu grande amor:
Descanse em paz, nona!

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