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quarta-feira, 9 de março de 2011

Lamento.

Acordo, pego o meu café, ligo a televisão no canal de noticias e pouco me importo com o que passa ali. Olho para os lados e continuo só. Ninguém para dizer bom dia, para fazer carinho ou para me olhar pelo corredor do apartamento.
Fico ligada no piloto automático... é certo que 10:30 meu celular vai tocar e vai ser você querendo saber como foi minha noite. Direi que foi tranquila e que tive bons sonhos - mentira, não sonho há semanas. Direi que amo, que estou com saudades e desligarei o telefone. Por dentro sei que não amo, que não estou com saudade e que não te quero por aqui; mas alimento uma esperança de que isso vai mudar, que algum dia vou achar bonito a rosa que recebi no dia das mulheres, o chocolate na minha porta no nosso dia ou até mesmo a aliança de compromisso que eu tanto queria.
Meu coração já não dispara, já não sorrio e não sinto que somos um para o outro.
Tornei-me igual à quem sempre critiquei, um alguém frio à espera de um lindo (re)nascer do sol.

2 comentários:

  1. Minha voz se cala e as palavras fogem em meio ao teu desabafo, se é que assim posso dizer.
    Teu coração tens de se aquietar (ou deveria se animar?). Sim, moça. Também não sei ...

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  2. Pois é, minha gata.

    O tempo passa e nós esperamos mais da nossa vida. Mas, por incrível que possa parecer, ela é pateticamente igual a cada segundo em que vivemos.
    E parece que o tédio não muda, as pessoas continuam sendo personagens desse enredo escrito por não se sabe quem e nem quando...

    Amar por palavras é a coisa mais mentirosa e bela que uma pessoa pode fazer. Continue fazendo o mesmo que você vai longe...

    Beijos, flor ;)

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